“A mulher liga preocupada para o celular do marido:
- Amor, venha com cuidado pra casa. Acabei de ouvir no rádio que tem um maluco dirigindo rápido e na contramão.
- Querida, tem só um maluco não, tô passando por vários malucos na contramão...”
A história bem poderia ser adaptada a um diretor de arte voltando pra casa depois de virar a noite preparando layouts na agência, ou o atendimento após inúmeros drinks naquela happy hour com o cliente tentando aprovar a nova campanha.
Mas eu quero escrever sobre criação e ser criativo.
Quantas vezes não somos nós a irmos contra a correnteza? Quantas dessas vezes estamos certos? Quantas não erramos?
Os artistas ditos “de vanguarda” sempre buscaram fazer diferente; os transgressores sempre foram incompreendidos. Mas fizeram a diferença e estão escritos na história exatamente porque fizeram diferente.
Você lembra de mais algum animador de auditório com roupas cobertas de brilhos, jogando bacalhau na platéia? Chacrinha era único porque era diferente. Ou era diferente porque era único?
Pessoas assim não se contentam em ser mais um, querem fazer diferença. Criação é fazer diferente, é ver o que ninguém viu em alguma coisa que todos vêem. Por isso marcam e fazem brotar a frase: “porque não pensei nisso antes?”.
Pensar diferente é ver as coisas por um novo ângulo, dar um novo olhar às coisas - de preferência vendo o lado bom de tudo.
Quem pensa que ser criativo é apenas para o pessoal da criação, está redondamente enganado. Hoje em dia se o atendimento, a mídia, produção, não forem criativos, é provável que a campanha não seja aprovada, veiculada ou produzida. Vale ressaltar a importância do cliente também querer pensar criativamente, ou permitir que a agência o faça. E posteriormente aprove!
Àqueles que não se acham criativos, saibam que criação é resultado de força de vontade, treino, técnica, prática e muita ralação. Talento também é importante, mas necessário, principalmente, é o desejo.
Comece enchendo sua mente de referências. Todas. Qualquer que seja. Livros, gibis, filmes, rock, pagode, idiomas, artes, atualidades, religiões, viagens, tv, política etc. Publicidade também. Veja anuários e revistas, acesse sites, mas lembre-se: publicidade alimenta-se do dia-a-dia, de fatos corriqueiros. E não se preocupe, nosso arquivo na memória é elástico: quanto mais acumulamos, mais espaço é gerado.
Encha a dispensa da memória, quando menos esperamos e mais precisamos, o ingrediente que faltava para solucionar aquele briefing está logo ali.
Na hora de procurar um estágio também vale ser criativo. Como fazer para se diferenciar dos 20 currículos que as agências recebem por e-mail todos os dias? Ao invés de mandar um currículo, que tal criar um anúncio vendendo um produto novo: você. Dois exemplos que me lembro.
Um conhecido preparou o seu currículo no formato de uma caixa de pasta de dentes. Porque ele garantia que não sairia mais das bocas. Outro colega apareceu na criação da agência com uma caixa de isopor repleta de sorvetes e gelo seco. Entre os sorvetes seu currículo dizendo que merecia o estágio, pois iria refrescar a criação com suas idéias. Deixou o isopor com a secretária e voltou para casa. Ainda no ônibus recebeu um telefonema do diretor de criação marcando uma entrevista e o início do merecido estágio.
Vamos começar a pensar criativamente. Um pouco todo dia, até transformar isso num hábito.
Boa criação para todos!
- Amor, venha com cuidado pra casa. Acabei de ouvir no rádio que tem um maluco dirigindo rápido e na contramão.
- Querida, tem só um maluco não, tô passando por vários malucos na contramão...”
A história bem poderia ser adaptada a um diretor de arte voltando pra casa depois de virar a noite preparando layouts na agência, ou o atendimento após inúmeros drinks naquela happy hour com o cliente tentando aprovar a nova campanha.
Mas eu quero escrever sobre criação e ser criativo.
Quantas vezes não somos nós a irmos contra a correnteza? Quantas dessas vezes estamos certos? Quantas não erramos?
Os artistas ditos “de vanguarda” sempre buscaram fazer diferente; os transgressores sempre foram incompreendidos. Mas fizeram a diferença e estão escritos na história exatamente porque fizeram diferente.
Você lembra de mais algum animador de auditório com roupas cobertas de brilhos, jogando bacalhau na platéia? Chacrinha era único porque era diferente. Ou era diferente porque era único?
Pessoas assim não se contentam em ser mais um, querem fazer diferença. Criação é fazer diferente, é ver o que ninguém viu em alguma coisa que todos vêem. Por isso marcam e fazem brotar a frase: “porque não pensei nisso antes?”.
Pensar diferente é ver as coisas por um novo ângulo, dar um novo olhar às coisas - de preferência vendo o lado bom de tudo.
Quem pensa que ser criativo é apenas para o pessoal da criação, está redondamente enganado. Hoje em dia se o atendimento, a mídia, produção, não forem criativos, é provável que a campanha não seja aprovada, veiculada ou produzida. Vale ressaltar a importância do cliente também querer pensar criativamente, ou permitir que a agência o faça. E posteriormente aprove!
Àqueles que não se acham criativos, saibam que criação é resultado de força de vontade, treino, técnica, prática e muita ralação. Talento também é importante, mas necessário, principalmente, é o desejo.
Comece enchendo sua mente de referências. Todas. Qualquer que seja. Livros, gibis, filmes, rock, pagode, idiomas, artes, atualidades, religiões, viagens, tv, política etc. Publicidade também. Veja anuários e revistas, acesse sites, mas lembre-se: publicidade alimenta-se do dia-a-dia, de fatos corriqueiros. E não se preocupe, nosso arquivo na memória é elástico: quanto mais acumulamos, mais espaço é gerado.
Encha a dispensa da memória, quando menos esperamos e mais precisamos, o ingrediente que faltava para solucionar aquele briefing está logo ali.
Na hora de procurar um estágio também vale ser criativo. Como fazer para se diferenciar dos 20 currículos que as agências recebem por e-mail todos os dias? Ao invés de mandar um currículo, que tal criar um anúncio vendendo um produto novo: você. Dois exemplos que me lembro.
Um conhecido preparou o seu currículo no formato de uma caixa de pasta de dentes. Porque ele garantia que não sairia mais das bocas. Outro colega apareceu na criação da agência com uma caixa de isopor repleta de sorvetes e gelo seco. Entre os sorvetes seu currículo dizendo que merecia o estágio, pois iria refrescar a criação com suas idéias. Deixou o isopor com a secretária e voltou para casa. Ainda no ônibus recebeu um telefonema do diretor de criação marcando uma entrevista e o início do merecido estágio.
Vamos começar a pensar criativamente. Um pouco todo dia, até transformar isso num hábito.
Boa criação para todos!
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